Uma
amiga que vive na Suíça nos escreve, aborrecida, porque demoliram um
casarão antigo e maravilhosamente decorado, para dar lugar a um
condomínio de luxo.
Talvez isso não seja tão comum na Europa, onde a história é preservada, guardada, apreciada. Em cidades destruídas pela guerra, normalmente o empenho é em reconstruir exatamente tal qual a cidade era antes... mas infelizmente esta não é a prática comum neste país, em que a desculpa é que "a construção está velha", "a reforma vai custar uma fortuna" e, em casos mais extremos, a demolição é feita "na calada da noite" para que o Patrimônio Histórico não as tombe. Assim se perdem obras primas de arquitetos renomados, inovadores, e se perde a história de nossa cidade, de nosso país. Fica aqui a reflexão, o que estamos destruindo é o nosso passado, o que nos torna o que somos.
Quando passeio pelo meu bairro, vejo algumas casas que certamente já foram lindas, agora estão quase em ruínas, invadidas, usadas, mas mal cuidadas, e será apenas uma questão de tempo para que deem lugar a edifícios com "lazer completo".
Concluo agora com o pensamento de Saramago:
(data original: 14 de junho, 2010)
Talvez isso não seja tão comum na Europa, onde a história é preservada, guardada, apreciada. Em cidades destruídas pela guerra, normalmente o empenho é em reconstruir exatamente tal qual a cidade era antes... mas infelizmente esta não é a prática comum neste país, em que a desculpa é que "a construção está velha", "a reforma vai custar uma fortuna" e, em casos mais extremos, a demolição é feita "na calada da noite" para que o Patrimônio Histórico não as tombe. Assim se perdem obras primas de arquitetos renomados, inovadores, e se perde a história de nossa cidade, de nosso país. Fica aqui a reflexão, o que estamos destruindo é o nosso passado, o que nos torna o que somos.
Quando passeio pelo meu bairro, vejo algumas casas que certamente já foram lindas, agora estão quase em ruínas, invadidas, usadas, mas mal cuidadas, e será apenas uma questão de tempo para que deem lugar a edifícios com "lazer completo".
Concluo agora com o pensamento de Saramago:
"Nós estamos a assistir ao que chamaria de morte do cidadão e, no seu lugar, o que temos, e cada vez mais, é o cliente. Agora já ninguém te pergunta o que pensas, agora perguntam-te que marca de carro, de roupa, de gravata tens, quanto ganhas…"
(data original: 14 de junho, 2010)
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